Operation C é
um jogo da franquia Contra, a antiga e famosa série de ação da Konami. Lançado
para o Game Boy, em 1991, o título foi o primeiro Contra que apareceu em um
sistema portátil.
O game é muito semelhante à versão
para NES de Super C (1990). Tanto no
ritmo de jogo e nos gráficos quanto nas músicas e nos efeitos sonoros, Operation C lembra bastante o clássico
do Nintendinho.
A jogabilidade mantém o padrão da série,
ou seja, ela é precisa. Mesmo oferecendo poucos comandos - basicamente correr,
pular e atirar - o game exige muita habilidade por parte do jogador, já que os
inimigos surgem por todos os lados, seja atirando, seja atravessando a tela de
forma suicida.
Cadê a dificuldade insana?
Os jogos da série Contra ficaram
marcados pelo desafio elevado - muitas vezes implacável. Operation C é uma exceção à regra, já que possui uma dificuldade
mediana se comparada com a das versões para consoles de mesa.
Isso se dá, principalmente, por causa
do número menor de inimigos na tela e pelos chefões um tanto fáceis. Ainda
assim, no geral, o game apresenta um desafio equilibrado, ideal para quem não
conhece a série e deseja iniciar uma jornada por ela.
O jogo conta com cinco fases.
Em três delas a progressão é horizontal, e nas outras duas a ação
acontece na vertical, através de uma visão aérea. Os estágios são bem diferentes
uns dos outros, tanto no design quanto nos visuais.
Ao longo da aventura, o personagem pode turbinar as armas através de power ups. Eles são representados pelas letras “S” (tiros múltiplos), “H” (disparos teleguiados) e “F” (bolas de fogo).
Pegando dois ícones iguais em
sequência, os disparos ganham uma força considerável, o que, no fim das contas,
deixa o game ainda menos desafiador.
Gráficos e sons de primeira
Levanto em conta as limitações do
portátil, a Konami fez um trabalho impressionante nos visuais e sons do game. Além de
fluir bem, sem lentidões constantes, Operation
C apresenta personagens bem definidos e animados, e cenários ricos em
detalhes.
As composições de Hidehiro Funauchi são
empolgantes, já que embalam, de forma competente, a ação vista no jogo. Vale citar
que nenhuma faixa musical soa de maneira repetitiva, o que era
comum em boa parte dos títulos de Game Boy.
Vale a pena?
No geral, Operation C é um excelente representante da franquia Contra. Mesmo
sem a dificuldade absurda dos outros jogos da série, o game cativa graças à parte
técnica impecável e ao gameplay viciante.
Para quem era fã de Contra nos
consoles de mesa, ou mesmo quem não conhecia a série e está a fim de jogá-la, Operation C é uma ótima pedida.
Por Sergio Grecco
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