Migthy Final Fight foi um dos últimos grandes jogos do NES. Desenvolvido pela Capcom e
lançado em 1993, o título era uma recriação caricata e bem humorada do primeiro
Final Fight.
Aqui os visuais seguem um padrão
cartunesco, com personagens desenhados no estilo super deformed (cabeçudos e
com corpos pequeninos).
Mesmo assim, a
versão em miniatura mantém a mesma essência do jogo original, ou seja, muita pancadaria,
gameplay viciante e a presença ilustre dos protagonistas Cody, Guy e Mike Haggar.
Parte técnica excelente
Sem dúvidas, Mighty Final Fight possui um dos melhores gráficos entre os jogos do NES.
Sem dúvidas, Mighty Final Fight possui um dos melhores gráficos entre os jogos do NES.
Os sprites dos personagens são muito bem feitos, com destaque para as suas expressões faciais. Durante a pancadaria, eles apresentam um festival de bocas e olhos arregalados, o
que os tornam engraçados e bastante carismáticos.
A inspiração artística da Capcom também
é notada nos cenários. Além de variados, eles oferecem um bom nível de
detalhes, muitos elementos animados e até o famoso parallax - aquele efeito que
simula profundidade, com dois (ou mais) planos de visão movendo-se em
velocidades diferentes.
Vale lembrar que os cenários de Mighty Final Fight não são os mesmos do jogo original, porém, eles possuem características semelhantes, como ruas periféricas, ringues clandestinos, bares e por aí vai.
Vale lembrar que os cenários de Mighty Final Fight não são os mesmos do jogo original, porém, eles possuem características semelhantes, como ruas periféricas, ringues clandestinos, bares e por aí vai.
O único detalhe que incomoda um pouco
são os flickers (o pisca-pisca nos gráficos). Isso ocorre porque existe informação demais na tela para o hardware do NES processar - nas versões para emuladores,
algumas ROMs tiveram esse problema corrigido.
O som é caprichadíssimo. Durante
o gameplay, tanto os efeitos sonoros quanto as músicas soam de maneira bastante
agradável. No vídeo abaixo, você confere a trilha do game:
A jogabilidade é outro ponto forte de
Mighty Final Fight. Aqui todos os
comandos funcionam perfeitamente, sem falhas, lentidões ou qualquer tipo de
travamento.
Também vale destacar o sistema de
evolução dos personagens, no qual você acumula pontos de experiência conforme
vai derrotando os inimigos.
Quando a pontuação atinge certos valores, o jogo
libera golpes especiais aos protagonistas: o Guy aplica um chute duplo giratório
(no melhor estilo capoeirista), o Cody solta uma espécie de Hadouken, e o M. Haggar corre
de encontro ao inimigo e dá uma peitada no infeliz – bruto, hein!
Cadê a opção para 2 jogadores?
Uma das coisas mais divertidas do gênero beat 'em up é o modo para 2 jogadores simultâneos.
Infelizmente, a Capcom não incluiu
essa possibilidade em Might Final Fight,
o que, de fato, fez muita falta – okay, talvez o modo ficou de fora por causa
das limitações de hardware do console e tal, mas, vale lembrar que pancadaria
em dupla não era algo impossível de se fazer no NES. Tartarugas Ninja mandaram
lembranças, Capcom.
Outro ponto negativo vai para o
sistema de continues. Aqui você volta ao começo das fases quando perde todas as
vidas, o que é frustrante em jogos beat 'em up, já que repetir o
percurso torna o gameplay cansativo, principalmente após o segundo ou terceiro
continue, por exemplo.
A dificuldade é alta e, acredite, os
inimigos comuns são os que dão mais trabalho durante o jogo. Se você bobear,
eles vão te arrancar muitas vidas.
Já os chefões parecem difíceis à
primeira vista, porém, se tornam fáceis depois que você decora os ataques
deles.
A história é aquela velha conhecida do jogo original: a filha de Mike Haggar, Jessica, é sequestrada pela gangue Mad Gear. Então, o paizão raivoso sai pelas ruas de Metro City, ao lado dos briguentos Cody e Guy, socando toda a bandidagem, até encontrar a moça – resumindo: um verdadeiro clichê dos anos 90. Ótimo, não?
A história é aquela velha conhecida do jogo original: a filha de Mike Haggar, Jessica, é sequestrada pela gangue Mad Gear. Então, o paizão raivoso sai pelas ruas de Metro City, ao lado dos briguentos Cody e Guy, socando toda a bandidagem, até encontrar a moça – resumindo: um verdadeiro clichê dos anos 90. Ótimo, não?
Um beat 'em up de respeito, e ponto
Enfim, mesmo sem um modo para 2
jogadores, Mighty Final Fight é um
game altamente recomendável.
Além da parte técnica impecável, ele
também conta com personagens carismáticos e a fórmula divertida e viciante do
Final Fight original. Se você curte jogos de pancadaria e, por alguma razão,
ainda não conhecia esse aqui, fica a dica: corra logo atrás do jogo!
Mighty Final Fight foi relançado em 2006 para o Game Boy Advance, em uma coletânea chamada Capcom Classics Mini Mix.
Por Sergio Grecco
e-mail: sergiogrecco@outlook.com.br
páginas: facebook.com/culturadosgames
google/+papodeninja